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A regra é clara: na terceira idade, as atenções com o organismo devem ser redobradas. Especialmente no Brasil, onde 70% dos idosos apresentam algum tipo de comorbidade, segundo o Ministério da Saúde. Na lista dos problemas mais recorrentes, quase a totalidade passa pela saúde dos rins. Isso porque seu papel é fundamental em qualquer indivíduo, mas na população acima de 65 anos, passa a ser vital.
“Os rins desempenham funções que servem de autodefesa, sobretudo num organismo mais debilitado. Eles eliminam as toxinas do sangue, são responsáveis pelo equilíbrio dos minerais e de líquidos, regulam a pressão arterial e a formação do sangue e dos ossos”, explica Lucas Fulgêncio, nefrologista do Hospital Felício Rocho. “A ausência dessas funções resultam em complicações muitas vezes severas à saúde do paciente”, complementa.
Essas funções levam a entender os problemas provocados por suas deficiências. Alguns deles são os problemas de pressão arterial, que influenciam diretamente no funcionamento do coração, e o risco de desenvolver cálculos renais, arteriosclerose, câncer, diabetes, gastrite e cegueira noturna. O paciente vítima de insuficiência renal também está sujeito a dificuldade de urinar, retenção de líquidos, fadiga e falta de ar provocadas por um quadro de anemia, dores de cabeça, sonolência e dores musculares e ósseas.
“Todos esses problemas surgem de maneira lenta e silenciosa, o que faz com que os diagnósticos em torno dos rins costumem ser mais demorados e, quando detectados, sejam também tardios. É preciso intensificar os cuidados com o organismo e considerar que esses sintomas estejam associados a um problema mais grave, que é a saúde dos rins”, explica o médico, que recomenda um check-up periódico. “Quanto mais cedo for feito o diagnóstico dos rins, maiores serão as chances de solucionar o problema”, conclui o nefrologista do Felício Rocho.